sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Centro e a Natureza da Luta no Xadrez I

1. Preliminares.

No estudo e na prática enxadrística, deparamo-nos cotidianamente com o problema de como proceder em relação ao tipo de posição central que se apresenta a nossa frente. Seja qual for a abertura ou defesa utilizada, temos de elaborar um plano de ação, baseado em princípios de ordem geral e na análise concreta de variantes, que sirva de guia para alcançarmos posição superior ou equilibrar uma situação de inferioridade, segundo o caso.

Existem variados métodos e escolas de treinamento que tratam desse tema. Alguns dão preferência à classificação metódica das aberturas e defesas, com a caracterização e fixação de suas particularidades, posições e lances críticos. Outros se servem de anotações e comentários, próprios ou de grandes mestres, para traçar o modo de tratamento da posição a sua frente, logo após os lances iniciais. Ocorrem ainda outros métodos, resultantes de uma simbiose dos dois precedentes ou até mesmo sob ângulo totalmente diverso. Um deles consiste em se partir das posições típicas de finais de peões, cuja estrutura irá determinar o plano estratégico a ser implementado durante toda a partida.

Inclusive, neste último caso insere-se o célebre tratamento que Emanuel Lasker dava à Variante do Câmbio da Abertura Ruy Lopez:

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bb5 a6 4.Bc6 dc6 5.d4 ed4 6.Dd4 Dd4 7.Cd4

Mediante troca em c6, Lasker abre mão do par de bispos para dobrar peões pretos na coluna “c”, trocar o peão “d” pelo peão de rei das pretas, obtendo maioria quantitativa de peões na ala do rei, para então entrar em um final com o principal objetivo de explorar essa maioria. Como foi exímio finalista, essa era uma estratégia mortal para o seu adversário, tendo inclusive vitimado jogadores do porte de Steinitz, Tarrasch, Janowsky, Marshall e até o grande Capablanca, este na famosa partida do Torneio de São Petersburgo, em 1914. Coletânea de partidas baixadas do banco de dados do Chessbase revela que, dentre 23 partidas de Lasker com a Variante do Câmbio, ele alcançou expressivos 18,5 pontos (80,43%), com apenas uma derrota frente a Steinitz (tendo ganho outras duas, todas as três jogadas no Campeonato Mundial de 1896-97). Em frente, quando do tratamento do tema central desse artigo, serão apresentadas algumas partidas escolhidas do imortal Campeão.

Modernamente, um método que muitos mestres, teóricos e treinadores costumam adotar consiste em se tratar as posições sob o enfoque do controle de casas centrais e de suas linhas correspondentes. Aqui, inexiste a preocupação inicial de classificação sistemática de aberturas ou defesas, assim como também a necessidade de identificação de posições e variantes críticas. Essas fases ocorrerão somente em momento posterior do estudo, quando os conceitos de controle estiverem suficientemente consolidados na mente do enxadrista, passando-se então ao estágio de refinamento de planos e variantes.

Segundo esse método, as posições derivadas da abertura e do meio-jogo servem fundamentalmente como meio de se proceder a uma leitura estratégica de suas possibilidades, em termos da ocorrência, ou não, de ocupação, bloqueio, linhas abertas, pontos de ruptura, meios de retardo das ações do adversário, invasão da posição adversária, e o mais, tudo isso complementado com manobras diversionistas que procuram atrair as peças contrárias para o lado oposto em que ocorre, ou ocorrerá, a luta decisiva. Como se vê, trata-se de um gigantesco esforço de manobras, sempre tratadas de forma dinâmica, que constituem em síntese o estado da arte do xadrez contemporâneo.

E é justamente desse método que vou fazer breve abordagem neste trabalho.

2. Controle de casas centrais

Muitos autores definem o centro como o conjunto de 4 casas d4-e4-d5-e5. Afirmam que, dominado o centro, as ações se processam com mais liberdade, em todo o tabuleiro, porque é a partir dessas casas centrais que as peças adquirem sua potência máxima, seja no ataque como na defesa.

Outros teóricos afirmam que o centro é constituído por um conjunto maior, qual seja o quadrado formado pelas 16 casas c3-d3-e3-f3-c4-d4-e4-f4-c5-d5-e5-f5-c6-d6-e6-f6, ao que denominam de centro ampliado.

Seja como for, o fato é que ocorre unanimidade sobre a necessidade de controle desses locais, seja pela sua ocupação, seja pela sua vigilância à distância.

3. Linhas abertas

Ocorre também unanimidade prática e teórica sobre o tema do controle de linhas abertas, sejam elas colunas, fileiras horizontais (filas) ou diagonais, principalmente aquelas que passam pelas casas centrais ou suas adjacências. Isto porque, bispos, torres e damas exercem sua máxima efetividade quando dispõem de longos trajetos para percorrerem no tabuleiro, podendo ir rapidamente de um ponto a outro, atacando debilidades do oponente ou defendendo pontos críticos próprios.

As linhas adjacentes àquelas que passam pelas casas centrais, localizadas em áreas periféricas do tabuleiro, também desempenham papel importante na organização dos planos estratégicos. Por exemplo, o domínio da sétima fila, da coluna “g” ou da diagonal “h6-f8” (“h3-f1”) sobre o roque adversário, constituem fatores, em grande maioria dos casos, decisivos para a vitória. Entretanto, subordinam-se o mais das vezes ao prévio controle das casas centrais e/ou das linhas abertas que passam pelo centro. cro pontosos trajetos para percorrerem no tabuleiro, podendo ir rapidamente de um ponto a outro, atacando debilidades do oponente ou defendendo pontos críticos próprios.

4. Formas de controle do centro

O conjunto de pressupostos descritos nos itens 2 e 3 retro (controle de casas centrais e de linhas abertas que passam pelo centro), podem ser alcançados de múltiplas formas. E a esse respeito resulta interessante recapitular a forma como esses conceitos de controle evoluíram através do tempo.

Tomando como marco zero o Xadrez Romântico, percebe-se que na fase inicial da partida a atitude do jogador era de um controle agressivo e instantâneo do centro, com o objetivo principal de desfechar um ataque violento e imediato contra o rei adversário. Para tanto, prevaleciam as linhas de gambito, (do Rei, Fegatello, etc.). E o lado defensor tinha unicamente a preocupação de manter o material sacrificado, confiando em sobreviver à tormenta para então fazer prevalecer sua força numérica. São dessa fase os exemplos imortais de mestres como Andersen, Blackburne, e outros.

No Xadrez Clássico, as coisas já mudaram substancialmente. Foram aprimoradas as técnicas de defesa, e a preocupação de domínio do centro tornou-se mais consistente e duradoura. Capitaneados pelo genial Steinitz, os mestres daquela época sabiam que, desde o centro, poderiam aspirar às manobras de ataque e defesa com maior probabilidade de sucesso. Portanto, defendiam seu controle ou domínio via ocupação prévia por peões e peças, para então prosseguir com a luta em outras áreas do tabuleiro. E, em relação aos gambitos, só eram aceitos sob a condição de, na primeira oportunidade, ser devolvido o material para obtenção do equilíbrio, e até mesmo de vantagem ou iniciativa. Caso contrário, as ofertas eram recusadas, preferindo-se manter o controle das casas centrais, seja por trocas, manutenção da tensão ou por contra-ataque, com a finalidade de procurar neutralizar as investidas do adversário. Exemplo típico dessa abordagem constitui a Defesa Ortodoxa do Gambito da Dama:

1.d4 d5 2.c4 e6 3.Cc3 Cf6 4.Bg5 Be7 5.e3 0-0 6.Cf3 Cbd7
Nessa linha, enquanto o lado branco procura minar as defesas do oponente dirigidas ao centro, via pressão com c4, Cc3 e Bg5, procurando com isso o seu domínio com o avanço posterior de peão para e4, as pretas defendem-se recusando a troca em c4, fortalecendo o peão d5 com os lances e6, Cf6, Be7 e Cbd7.

E então sobreveio o Xadrez Hipermoderno. O geniais Reti, Nimzovitsch, Tartakower e seus seguidores apregoaram que o domínio do centro via ocupação sistemática não se constituía na única alternativa de seu domínio. Assim, foram implementados e aperfeiçoados os métodos de controle a distância, onde os fianquetos e os movimentos laterais de peças e peões formavam o arsenal de recursos com essa finalidade. Inclusive, lances como a troca de um peão em d5 por outro de c4, com total abandono de ocupação do centro, considerados heréticos pela escola clássica, foram deliberadamente adotados. É o caso, por exemplo, da Variante das Trocas na Defesa Grünfeld:

1.d4 Cf6 2.c4 g6 3.Cc3 d5 4.cd5 Cd5 5.e4 Cc3 6.bc3 Bg7


Alguns foram mais radicais ainda. Breyer, um dos inconoclastas do hipermodernismo, chegou a afirmar que “Depois e 1.e4, o jogo das Brancas está em sua última agonia”.

Na atualidade, o que existe é uma simbiose complexa de todas essas alternativas. Liderado pela Escola Soviética nos anos 50, o assim denominado Xadrez Dinâmico resume conhecimentos de todas as fases anteriores, e os mestres de hoje têm de se defrontar com mudanças radicais na condução dos planos, seja entre partidas, seja durante uma mesma partida. E, em minha opinião, essa é a característica principal que deu causa a um verdadeiro renascimento do xadrez, como esporte, arte e ciência. Kasparov, à parte as questões que envolvem seu caráter arrogante e de vale-tudo, tecnicamente pode ser considerado o atual representante dessa Escola.

Portanto, considerando-se tudo o que foi exposto, pode-se classificar o controle das casas centrais, por brancas e pretas, conforme o seguinte elenco de alternativas:

a)- Ocupação simultânea, por exemplo, 1.e4 e5. Aqui, tanto brancas como pretas preocupam-se em controlar o centro via posicionamento de peões e peças em suas casas.

b)- Ocupação do centro por um bando e controle a distância por outro, por exemplo 1.d4 Cf6 (ou 1. Cf3 d5). Nesse caso, enquanto um bando preocupa-se com a ocupação física, o outro prefere o controle a distância. Inclusive, em alguns casos chega-se ao extremo de um lado provocar o avanço dos peões centrais do oponente, em operação de duplo gume: sujeitar-se à asfixia por diminuição de território de operações, para em compensação empreender manobras de pulverização dos infantes assim avançados. Exemplo radical dessa tática é a Defesa Alekhine, Variante dos Quatro Peões:

1.e4 Cf6 2.e5 Cd5 3.c4 Cb3 4. d4 d6 5.f4 de4 6.fe4 Cc6 7.Be3 Bf5 8.Cc3 e6 9.Cf3 Cb4.

Observa-se que, enquanto o lado branco avançou seus peões centrais, conquistando território, reforçando a defesa dos mesmos e preparando a cena para violento ataque à posição do bando preto, este preocupou-se em desenvolver suas peças rapidamente, mantendo intacta sua estrutura de peões visando um melhor final, ao mesmo tempo que, com manobras ativas, está empreendendo ação de minar o centro branco, pulverizando sua estrutura distendida. Continuando cada lado com seus planos, tem-se agora: 10.Tc1 (defendendo-se do xeque em c2 e reforçando casas centrais) 10...c5 (minando o controle da casa d4), etc.


c)- Controle do centro a distância pelos dois bandos, por exemplo, mediante 1.Cf3 Cf6 2.g3 g6 3.Bg2 Bg7, etc. Em algumas linhas, chega-se ao extremo de desenvolver cavalos via a3 ou h3 (a6 ou h6), e até mesmo pressionar o centro via dispositivo Da1-Bb2. Neste último caso inserem-se as partidas de Reti, entre as quais sua vitória ante F. Fischer, no Match de Viena 1923:

1.Cf3 Cf6 2.c4 e6 3.g3 d5 4.Bg2 c6 5.b3 Cbd7 6.Bb2 Be7 7.0–0 0–0 8.d3 b6 9.Cbd2 Bb7 10.Tc1 Tc8 11.Tc2 c5 12.Da1 Bd6 13.cd5 ed5 14.Ch4 Te8 15.Cf5 Bf8 16.Cc4 Dc7 17.Cce3 Db8


18.Bf6 Cf6 19.Ch6+ gh6 20.Df6 d4 21.Bb7 Db7 22.Cf5 Tc6 23.Dh4 Tg6 24.e4 b5 25.Df4 Dd7 26.Ta1 Tc8 27.a4 Ta6 28.Tac1 ba4 29.ba4 Ta4 30.Tc5 Tc5 31.Dg4+ Rh8 32.Tc5 Tb4 33.Td5 Dc8 34.Dh4 Dc1+ 35.Rg2 Tb1 36.Td8 Df1+ 37.Rf3 Dd3+ 38.Rf4 Dd2+ 39.Rg4 1–0

5. Abertura e controle de linhas centrais

Em relação às linhas centrais abertas, estas ocorrerão mediante trocas de peões e posicionamento de bispos, torres e damas ao longo das diagonais, colunas e fileiras cujas casas restaram totalmente ou parcialmente livres de peões e peças. Portanto, esse cenário ocorre logo após os lances iniciais da abertura, ou até mesmo durante essa fase.

É o caso, por exemplo, da seguinte variante na Partida Escocesa:

1.e4 e5 2.Cf3 CC6 3.d4 ed4 4.Cd4 Bc5 5.Be3 Df6 6.c3 Cge7 7.g3


Esta variante é bastante conhecida da GM feminina polonesa Joanna Dworakowska (2441), com a qual vem colhendo importantes resultados. Sua partida com Alexander Onischuk (2655) no Open de Skopje 2002 seguiu assim:

7...d5 8.Bg2 Bd4 9.cd4 de4 10 Cc3 Bf5 11.d5 0-0-0 12.Db3 Cd4 13.Da4 Cf3 14.Bf3 ef3 15.Da7 Da6 16.Da6 ba6 17.0-0-0


Mediante sacrifício temporário do peão e4 (10.Cc3), Joanna optou pelo controle acelerado das casas centrais d4 e d5, abrindo a diagonal g1-a7 para seu Bispo e controlando firmemente a coluna “d” (0-0-0), reforçando seu posto avançado em d5.

17…Bg6 18.Bc5 Cf5 19.The1 f6 20.Td3! Cg3 21.Tf3 Cf5 22.Tf4! Rd7 23.h4! Cd6 24.Tg1 Thg8 25.Tfg4! Rc8 26.Ta4!

Assegurado assim o domínio das linhas centrais, Joanna empreendeu pressão sobre as debilidades das pretas na ala da Dama, primeiro mediante manobra diversionista para criação de fraquezas alternativas na ala oposta (lances 20.Td3!, 22.Tf4!, 23.h4!, 24.Tg1 e 25.Tfg4!, para então entrar em final superior mediante trocas em b5, d8 e d6 com posterior invasão e ganho de material na ala da Dama, ante a posição passiva das pretas resultante do plano adotado.

É ainda digno de nota a eficiente colocação do peão em h4. Com apenas um lance, brancas cumprem três objetivos importantes para obtenção de posição superior: a)- ameaça direta e instantânea sobre o cavalo de f5; b)- ameaça de ganho dos peões de g7 e h7, mediante o avanço h4-h5; c)- retardo de ação da torre preta remanescente, que teve de permanecer na defesa do peão “g” (primeiro em g7 e depois em g5), somente sendo possível sua liberação após o lance 34...g4, quando então o lado branco já havia invadido e ganho material na ala da Dama.

26...Bd3 27.Tg3 Bf1 28.Tg1 Bb5 29.Cb5! ab5 30.Ta8 Rd7 31.Td8 Rd8 32.Bd6 cd6 33.Rd2 g5 34.Rc3 g4 35.Rb4 f5 36.Rb5 Rd7. 37.b4 Te8 39.a4 Te2 40.Tf1 Td2 41.a5 Td5 42.Rb6 Td2 b6 1-0.

É importante destacar que o controle das linhas centrais permitiu o trânsito livre da torre de d1 (via d3, f3, f4, g4, a4, a8 e finalmente d8), bem como o posicionamento privilegiado do bispo em c5, o qual eliminou o cavalo bloqueador-defensor de d6 no momento oportuno.

Este é um contundente exemplo do potencial desenvolvido pelas peças quando lhes é assegurado o prévio domínio de linhas centrais abertas.

Pode ocorrer ainda a situação de o centro restar totalmente cerrado durante a fase inicial da partida, como por exemplo:

Na Defesa Francesa:

1.e4 e6 2.d4 d5 3.e5

Na Abertura Ruy Lopez:

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bb5 a6 4.Ba4 Cf6 5.0-0 Be7 6.Te1 b5 7.Bb3 0-0 8.c3 d6 9.h3 Ca5 10.Bc2 c5 11.d4 Dc7 12.Cbd2 Cc6 13.d5

Ou na Defesa Índia do Rei:

1.d4 Cf6 2.c4 g6 3.Cc3 Bg7 4.e4 d6 5.Cf3 0-0 6.Be2 e5 7.d5

Nesse caso, as operações de aberturas de linhas serão viabilizadas mediante duas alternativas: sacrifícios posteriores contra a cadeia de peões, garantido por efetivo controle e pressão de peças e peões atacantes ou defensores, ou rupturas laterais mediante contatos via o tema das Maiorias Qualitativas, conforme ensina Henrique Sérgio de Andrade Marinho em sua notável obra “Maiorias Qualitativas nas Defesas Índias” (Ibrasa - SP/2004). Ainda dentro desse tema, permanecendo cerrado o centro, a luta deriva para a abertura de linhas nas zonas periféricas do tabuleiro.

Cabe registrar que todos esses temas estão intimamente interligados. Assim, a luta central pode assumir múltiplas variações em termos de modalidade de ocupação ou controle a distância, conjugada com a abertura de linhas, sejam elas diagonais, colunas ou filas, tudo isso mudando instante a instante, assumindo o plano estratégico uma gama exponencial de escolhas, dentro da interminável complexidade inerente ao Xadrez. Portanto, não há fórmula infalível, e tampouco receita fixa que proporcione ao jogador um porto seguro para se orientar. Tudo depende do talento, do esforço e da determinação de cada um para que, ele e somente ele, possa estabelecer a forma mais adequada de se conduzir entre uma partida e outra, e até mesmo entre uma posição e outra, dentro da mesma partida. Lembrar ainda que, do outro lado o oponente também tem seus planos, e o resultado final vai depender de qual lado conseguirá impor jogo mais acurado, em termos técnicos, artísticos e psicológicos.

Em razão das modalidades de ocupação central e abertura de linhas já mencionados, este trabalho foi dividido em várias partes, em face da extensão e complexidade do tema. Nessa primeira parte será enfocado o item a), com ocupação de peões e peças, coadjuvado por abertura e controle de colunas centrais.

6. Domínio do centro mediante sua ocupação com peões e peças, coadjuvado por abertura e controle de colunas centrais

Este plano é de ocorrência freqüente em grande número de aberturas e defesas, notadamente aquelas que derivam dos lances 1.e4 e5 e 1.d4 d5.

Para a abordagem do tema, revelam-se altamente adequadas como exemplos as linhas oriundas da Abertura Ruy Lopez, em especial aquelas resultantes da Variante do Câmbio e da Variante Chigorin, ambas na Defesa Morphy. São essas linhas que serão consideradas daqui em diante.

(Por: Ernesto Luiz de Assis Pereira elap@terra.com.br - Texto do Ciclo de palestras do Clube de Xadrez de Curitiba http://www.cxc.org.br/ realizada em 23-03-2005).

0 comments:

Postar um comentário